Tradições e costumes
” Buscar a sesta “
Este evento, com dezenas de anos, realiza-se anualmente, todas as segundas-feiras da Pascoela. Trata-se de um piquenique, que é realizado na ” Mata do Urso “, junto à antiga casa da guarda-florestal e ” Lagoa dos Linhos “. Os participantes são de toda a Freguesia, e há quem considere este dia um feriado, guardando sempre um dia de férias, para estar presente no evento.
Os participantes passam o dia, em grupos de amigos ou famílias. Os vários grupos de participantes espalham-se pela mata, e instalam os acampamentos, para passarem o dia. Há quem leve o almoço já confecionado de casa, outros confecionam no local. As ementas são as mais variadas, desde churrascos, pernis assados, leitões, chanfana, enfim uma variedade gastronómica, onde o objetivo é passar o dia em convívio. Este evento devido à pandemia, sofreu alguma decadência.
Mas como começou!
Segundo rezam os relatos de pessoas com mais idade, este evento quando começou, há umas boas dezenas de anos atrás, começou por apenas algumas pessoas, e inicialmente apenas homens. A lagoa dos Linhos, tinha uma vala, que ainda existe, embora que seca, que conduzia as suas águas até aos moinhos existentes no Sampaio, que eram vários. Nesta vala passavam o dia à pesca, e faziam algumas brincadeiras, tais como saltar a vala, e até de costas!
Conforme já referido atrás, passavam o dia, com todas estas atividades, mas na altura, só os mais ricos!
Muito mais tarde, começaram então a levar as suas esposas para a sesta!
” Festa do Santo das turras “
A Capela de S. Jorge toma o nome da simpática povoação que iniciou a formar-se no meio da charneca e dos pinhais por meados do séc. XIX. Pequena, de feição verdadeiramente popular, especialmente embelezada pelo seu alpendre na fachada principal, só abre uma vez por ano, no Domingo Gordo, para receber o pagamento das promessas feitas a S. Jorge, aqui popular e carinhosamente chamado de “Santo das Turras”. “Antigamente, viam-se carros de bois, carroças e animais dando várias voltas à capela, no cumprimento de promessas dos devotos. A venda do pé de porco atinge o auge da festa, seguido de música que inicia o bailarico. É uma festa não controlada pela igreja, de raiz eminentemente popular”. Uma tradição que conta já mais de um século de existência